domingo, 15 de agosto de 2010

É verdade que aconteceu ? [ 2009 ]

É verdade que estiveste aqui, deitado na minha cama, e nem foi preciso te convidar? É verdade que te deitaste e pediste para me deitar ao pé de ti? É verdade também que os teus olhos pediam os meus, e os teus lábios de uma forma insulene queriam tocar os meus ?
E o teu cheiro, é verdade que ele sentia falta do meu como o meu do teu? É verdade que querias da mesma maneira o que eu queria contigo?
Senti falta de te ver, e ao mesmo tempo não sentia falta de ti.
É estranho, já passaram dois anos e as coisas já não são o que eram,mas também é verdade que por muito que se tente haverá qualquer tipo de significancia, sempre.
É verdade que sentiste o meu beijo como eu senti o teu? É verdade?
Mas sabes, é verdade também que aquilo que hoje tu és, é o reflexo do que eu era à um ano atrás, e é verdade que de certo modo isso me incomoda, e que agora, entenda realmente o que sentias.
E talvez hoje, tu entendas que eu já não sou quem eu era, e finalmente me deixei de querer conhcer meio mundo, das saídas nocturnas constantes, e dos nomes a cada dia diferentes, eu já não conheço a outra parte do mundo e já nem me faz falta.
Dou muito mais valor a um simples olhar que a umas vinte mensagens por hora e um dia inteiro numa página na web, é verdade, e mais que a verdade é real.
É verdade que sentia saudades não só tuas, mas também das aventuras, e sentia também aquele bichinho no meu coração, que em algumas vezes me faz tão bem, e me faz ser mais forte.
E dizia eu que já eras passado, mais que parte do passado.
Não sei bem o que sentiste, e na verade, não sei se quero saber, tu és um grande reflexo de mim acrescentando esse ar machista que tu tens, és um miúdo que se diz adulto, és, mas és o miúdo que mais me fez vacilar e o miúdo que me fez apaixonar e acreditar num amor, um amor eterno.
Hoje ou amanhã, não, mas sei que nos vamos reencontrar, não desta maneira, mas vamos, é verdade.
É verdade que não te reconheço, claro que é, mas a verdade é que por vezes, me dá saudades tuas, e do que tu eras, do teu amor diferente, porque tu amavas-me da tua maneira, e nenhum amor tem o poder do teu, mas nenhum amor me fez tão mal como o teu, por muito que pareça, nenhum amor é ou será igual ao teu.
Paixões nós temos, e são bem incuráveis e dificéis de esquecer, mas quando é amor, sentimos sempre aquele bichinho diferente.
Eu estou apaixonada, não por ti, mas por ti eu sinto amor, e um amor que nem sei explicar, nem viver, qualificar, dizer, escrever.
É como se chegasse a uma certa altura, passado um certo tempo e precisa-se de ti como no primeiro dia à dois anos atrás, e passado algum tempo já não fizesses parte, nem falta, não consigo, não sei nem quero explicar o que isto é, mas vens e mudas tudo que parece já estar curado.
Pelo menos, tu gostaste? Sentiste-te ? Conseguiste sentir-me? E matar aquele bichinho?
Não foi combinado, apesar de ambos sabermos que iria acontecer, agora já podes ir, já vivemos mais esta folha, e não quero terminar este capitulo já, mas por hoje chega, amanhã já é outro dia, já estás noutra, e já não te lembras do que aconteceu, sendo que tu és homem, e eu a mulher.
Eu preciso de imo, carinho, atenção, e compreensão, e tu não sabes dar, não da maneira que eu procurei que tu soubeste, não me chamaste de amor, mas eu nem sei ouvir essa palavra da tua boca, e senão chamste, já não o sentes, já passaram seis meses, depois de dois anos.
Continuas, não por tempo determinado, mas por uma certa eternidade.
E isto tudo, é verdade?

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